De julho a setembro, de cada 10 mil visualizações nas redes sociais da Meta, de 14 a 15 visualizações no Facebook eram de conteúdos com bullying e assédio, enquanto no Instagram o número variava entre 5 a 6 visualizações.
Os dados são inéditos e fazem parte do Relatório de Aplicação dos Padrões da Comunidade da big tech referente ao 3.º trimestre de 2021. A inclusão dessas métricas é uma tentativa de produzir dados que possam ser utilizados para reduzir essas práticas nas redes sociais da big tech.
Os dois tipos de abuso psicológico representam um desafio para as plataformas, pois envolvem questões complexas que só podem ser entendidas dentro de um contexto. Os sistemas automatizados são incapazes de diferenciar, por exemplo, uma atitude agressiva de uma piada sem conhecer as pessoas envolvidas.
Ainda assim, a Meta afirma que conseguiu remover 9,2 milhões de posts com conteúdos de bullying e assédio do Facebook. Quase 59,4% desse material foi excluído de forma proativa, sem a necessidade de denúncia. No Instagram, 7,8 milhões de postagens inadequadas foram retiradas, mas com um índice de proatividade bem maior de 83,2%.
Como a Meta planeja reduzir o bullying e o assédio
A partir da identificação da quantidade de conteúdo com bullying e assédio visualizada nas plataformas, a Meta quer definir abordagens para reduzir a prevalência destes posts. Para isso, planeja atualizar as políticas, os produtos e ainda fornecer novas ferramentas de controle.
A big tech usa como exemplo a redução do discurso de ódio em suas redes sociais. Quando foi divulgado pela primeira vez, a métrica apontava para 10 a 11 visualizações (0,10-0,11%) a cada 10 mil publicações, e atualmente o número está em 3 visualizações (0,03%).
Entre as principais apostas para enfrentar o bullying e assédio, a empresa está implantando telas de aviso para desestimular postagens e comentários que possam ser entendidas como bullying e assédio. No Instagram, cerca de metade dos usuários editaram ou apagaram comentários após receber o alerta.
Tecmundo