O Facebook anunciou nesta quinta-feira que vai mudar o seu nome corporativo para Meta como forma de representar o novo foco da empresa em tecnologias do futuro, como inovações em realidade aumentada e implantes cerebrais, na busca para estabelecer um chamado metaverso.
Mark Zuckerberg, diretor-presidente da empresa, disse durante evento anual da empresa que o Facebook surgiu como uma desenvolvedora de redes sociais, mas isso não abrange todo o escopo da companhia e suas ambições futuras.
“Nós passamos de internet em computadores para telefones, de texto para imagens, de imagens para vídeos, mas esse não é o fim da linha”, comentou o executivo. “A próxima evolução será ainda mais imersiva e insere a internet como experiência a ser sentida, não apenas olhada. Nós chamamos isso de metaverso.”
Zuckerberg comentou que a empresa está se reestruturando internamente para focar no desenvolvimento deste metaverso e que a partir de agora os resultados da empresa serão divididos entre o segmento de aplicativos tradicional e o de tecnologias do futuro.
“Construir essas novas tecnologias do metaverso vai demorar um bom tempo”, disse o executivo, destacando que vai demorar algum tempo até o segmento se tornar lucrativo para a empresa. “Mais para o final da década é quando teremos uma noção real de como será.”
A aposta de Zuckerberg é em óculos de realidade aumentada cada vez menores, usando a tecnologia desenvolvida pela subidiária Oculus, para criar experiências de internet cada vez mais imersivas. Em última instância, implantes cerebrais e na pele poderão tornar o “metaverso” como algo que não precise de interfaces para ser utilizado.
O anúncio vem em um momento onde o Facebook sofre pressão de autoridades por conta de uma série de vazamentos de documentos que mostram os executivos da companhia ignorando problemas como a disseminação de notícias falsas e os malefícios que o uso de suas redes sociais podem trazer aos usuários.
Valor